São Gonçalo (Rio de Janeiro)
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São Gonçalo é um município do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Sua
população é de 1 025 507 habitantes em 2013 segundo o censo do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, sendo, atualmente, o segundo município
mais populoso do estado (atrás apenas da capital) e o 16º mais populoso do
país. Localiza-se a 22º49'37" de latitude sul e 43º03'14" de
longitude oeste, a uma altitude de dezenove metros.
História
Ocupação indígena
O atual território brasileiro
já era habitado desde pelo menos 10000 a.C. por povos provenientes de outros continentes
(possivelmente, da Ásia e da Oceania8 ). Por volta do ano 1000, os índios
tapuias que habitavam a região atualmente ocupada pelo município foram expulsos
para o interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da
Amazônia.
Século XVI
No século XVI, quando
chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada por um desses
povos tupis: os tupinambás, também conhecidos como tamoios 9 . Resquícios
arqueológicos indicam que um local especialmente habitado pelos tupinambás no
município era a ilha de Itaóca. O litoral fluminense, bem como São Gonçalo, foi
palco, no século XVI, da revolta conhecida como Confederação dos Tamoios, que
uniu as tribos tupinambás e os colonizadores franceses contra os portugueses.
O fim da revolta se deu com o
fortalecimento da colonização portuguesa, com os portugueses se lançando sobre
as aldeias indígenas, matando e escravizando a população. Em 1567, com a
chegada de reforços para o capitão-mor português Estácio de Sá, que fundara,
dois anos antes, a vila de São Sebastião do Rio de Janeiro, iniciou-se a etapa
final de expulsão dos franceses e de seus aliados tamoios da Baía de Guanabara,
tendo lugar a dizimação final dos tupinambás da região. Os tupinambás se retiraram
da região da atual cidade do Rio de Janeiro primeiramente em direção à Baía de
Guanabara e, posteriormente, em direção a Cabo Frio.
Em 6 de abril de 1579 (a data
é polêmica, sendo alvo de debates entre historiadores da cidade), o nobre
Gonçalo Gonçalves recebeu, do governador da Capitania do Rio de Janeiro, a
sesmaria localizada às margens do rio Imboaçu, com o dever de construir uma
capela e um povoado no período de três anos. Ele construiu uma capela com o
santo de sua devoção, São Gonçalo de Amarante (na verdade, um beato e não um
santo). Presume-se que o local tenha sido onde hoje está a Igreja Matriz de São
Gonçalo, no bairro Zé Garoto. A Praça Estefânia de Carvalho, cedida pelo
comerciante filho de imigrantes portugueses Mário Alves de Azevedo (popularmente
conhecido como Zé Garoto), seria o marco-zero da cidade, pois a Vila de São
Gonçalo existia onde agora está o município homônimo.
Século XVII
O povoamento europeu de São
Gonçalo, iniciado no final do século XVI, foi liderado por sacerdotes jesuítas,
que, no começo do século XVII, instalaram uma fazenda na área conhecida como Colubandê, às margens da atual rodovia
RJ-104. A sede da fazenda foi preservada, sendo a atual sede do Batalhão de
Polícia Florestal da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Essa fazenda
existe até hoje e é o principal ponto turístico de São Gonçalo.
Em 26 de outubro de 1644, foi
criada a freguesia.
Em 10 de fevereiro de 1647,
foi dada a confirmação da freguesia. Segundo registros da época, a
localidade-sede ocupava uma área de 52 km², com aproximadamente 6 000
habitantes, sendo transformada em freguesia. Visando à facilidade de
comunicação, a sede da sesmaria foi, posteriormente, transferida para as
margens do Rio Imboaçu, onde foi construída uma segunda capela, monumento
atualmente restaurado. O conjunto de marcos históricos remanescentes do século
XVII inclui a Fazenda Nossa Senhora da Boa Esperança, em Ipiíba e a propriedade
do capitão Miguel Frias de Vasconcelos, no Engenho Pequeno. A Capela de São
João, em Porto do Gradim e a Fazenda da Luz, em Itaóca, são algumas lembranças
do passado colonial em São Gonçalo.
Em 1660-1661, os senhores de
engenho de São Gonçalo e Niterói se rebelaram contra a cobrança de taxas
relativas à produção de cachaça e marcharam em armas até a cidade do Rio de
Janeiro, onde depuseram o governador. Tal episódio ficou conhecido como a
Revolta da Cachaça 10 .
Século XIX
Em 10 de maio de 1819,
suspendeu-se sua condição de freguesia, tornando-se distrito da Vila de
Niterói.
Em 1860, trinta engenhos de
cana-de-açúcar já estavam exportando açúcar através dos portos de Guaxindiba,
Boaçu, Porto Velho e Pontal de São Gonçalo. Dessa época, as fazendas do Engenho
Novo e Jacaré (1800), ambas de propriedade do Barão de São Gonçalo, o Cemitério
de Pachecos (1842) e a propriedade do Conde de Baurepaire Rohan, na Covanca
(1820), são os elementos mais importantes. São Gonçalo contava, até o século XX,
com cerca de doze portos que exportavam produtos do estado do Rio de Janeiro
para a corte.
Em 22 de setembro de 1890, o
Distrito de São Gonçalo foi elevado a vila e município, através do Decreto
Estadual 124.
Em 1892, o Decreto Um, de 8
de maio, suprimiu o município de São Gonçalo, reincorporando-o a Niterói pelo
breve período de sete meses, sendo restaurado pelo Decreto 34, de 7 de dezembro
do mesmo ano.
Século XX
Em 1922, o Decreto 1 797
elevou São Gonçalo a cidade, sendo revogado em 1923, fazendo a cidade baixar à
categoria de vila.
Finalmente, em 1929, a Lei 2
335, de 27 de dezembro, concedeu a categoria de cidade a todos as sedes do
município.
Em 1943, ocorre nova divisão
territorial no estado do Rio de Janeiro e, dessa vez, São Gonçalo perdeu o
distrito de Itaipu para o município de Niterói, restando-lhe apenas cinco
distritos, quais sejam: São Gonçalo, Ipiíba, Monjolo, Neves e Sete Pontes, que
permanecem até os dias atuais.
Nesse mesmo período, nas
décadas de 1940 e 1950, iniciou-se a instalação, em grande escala, de grandes
fábricas e indústrias em São Gonçalo. Seu parque industrial era o mais
importante do estado do Rio de Janeiro, o que lhe valeu o apelido de
"Manchester Fluminense".
Setor industrial
Em 17 de abril de 1925, a
Companhia Brasileira de Usinas Metalúrgicas instalou-se no município.
Posteriormente, essa usina foi incorporada ao grupo Hime, que, além da fundição
e da cerâmica, desenvolvia a produção de fósforo da marca SOL, com uma fábrica
denominada Companhia Brasileira de Fósforo, que funcionava dentro de sua área
metalúrgica. O Hime, também, mantinha, na Rua Doutor Alberto Torres, uma escola
primária, dirigida pelo professor Êneas Silva e uma escola de corte e costura.
Criou o Campo do Metalúrgico, que deu grande impulso e incentivo ao esporte no
município. A construção de vilas operárias em terras dessa companhia, para seus
funcionários, também não pode ser esquecida. Recentemente, o Hime foi adquirido
pelo Gerdau.
Em 2 de dezembro de 1937, o
gaúcho José Emílio Tarragó fundou, com a razão social Tarragó, Martinez e Cia
Ltda., a futura indústria de conservas de peixe Coqueiro. A mudança do nome da
empresa deveu-se à mudança do ramo de negócio. A primeira atividade dessa
indústria era relacionada à exploração do tamarindo. Ao mudar para o ramo de
conservas de peixe, a indústria teve que mudar de nome. A nova empresa prosperou
e a marca Coqueiro projetou-se nacional e internacionalmente. Em 1973, a Quaker
Oats comprou a fábrica e consolidou a marca Coqueiro, além de ampliar sua
liderança no mercado.
Em 9 de fevereiro de 1941,
José Augusto Domingues fundou a Fábrica de Artefatos de Cimento Armado,
produzindo paralelepípedos e meios-fios.
Em 5 de outubro de 1941,
instalou-se, no distrito de Neves, a Indústria Reunidas Mauá, que produzia
vidros e porcelanas.
Em 16 de novembro de 1941,
foi fundada a Companhia Vidreira do Brasil. Foi a primeira no Brasil e a maior
na América do Sul no fabrico mecânico de vidro plano, com exportação para o
Egito, Índia, República Popular da China e África do Sul. Com o tempo, mudou de
proprietários e de nome para Vidrobrás e, atualmente, Electrovidro. A
matéria-prima dessa indústria provinha de Maricá.
Em 22 de novembro de 1941,
instalou-se a Fábrica de Enlatados de Sardinha Netuno, próxima ao Porto do
Gradim.
Em 10 de maio de 1942, foi
fundada a Fábrica de Fogos Santo Antônio, localizada na Rua Oliveira Botelho,
nº 1638, em Neves.
No período da Segunda Guerra
Mundial, São Gonçalo cresceu de forma meteórica. Com as grandes fazendas sendo
desmembradas em sítios e chácaras, mão de obra barata e abundante, grandes
áreas, além da proximidade com as então capitais federal (cidade do Rio de
Janeiro) e estadual (Niterói), o que facilitava o escoamento da produção, São
Gonçalo tornou-se solo fértil ao desenvolvimento.
No governo de Joaquim
Lavoura, o município teve sua grande arrancada para a urbanização, com
calçamento das principais vias, ligando Niterói a Alcântara, passando pelo
importante bairro Parada 40.
Lavoura, como é mais conhecido, governou São
Gonçalo por três vezes (de 31 de janeiro de 1955 a 20 de janeiro de 1959, de 31
de janeiro de 1963 a 30 de janeiro de 1967 e de 31 de janeiro de 1973 a 12 de
agosto de 1975).
São Gonçalo possui um Ceasa,
mas conhecido como Ceasa do Colubandê, é uma das principais fontes de compras
da cidade, como atacado e horti fruti. Fica apenas depois do bairro do Alcântara, principal lugar de compras de São Gonçalo.
JOÃO PAULO ll
Rogai por nós
Assessor Lucio Machado 99823-0541
Gabinete do Deputado Estadual Dr.José Luiz Nanci
A igreja da foto não é a matriz de São Gonçalo!
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