MAMOGRAFIA, UNICA FORMA DE PREVENIR O CÂNCER DE MAMA
Há tempo a sociedade
brasileira discute o câncer de mama. No entanto, nas últimas décadas o tema
ganhou ainda mais evidência.
Por um lado pela ampliação da
consciência por parte das mulheres e das autoridades, o que é bom. Mas por
outro, pelos números assustadores de quase 60 mil novos casos a cada ano, com
mais de 12 mil mortes, sendo uma das principais causas de óbito da mulher
brasileira.
Nesse cenário, uma
protagonista se encontra no foco da discussão, a mamografia. Mais que um exame,
ela se apresenta como procedimento primordial para a detecção do câncer de
mama, sendo a forma mais eficaz de diagnóstico precoce.
Entretanto, infelizmente, não
é bem assim que alguns especialistas veem e o efeito disso, gerando retrocesso,
em algumas medidas, como a Portaria 1.253/2013.
A iniciativa, de autoria do
Ministério da Saúde, restringe o repasse de verbas da União aos municípios para
mamografias em pacientes na faixa etária de 50 a 69 anos.
Além disso, o foco passa a
ser a mamografia unilateral, ou seja, o exame sendo realizado como forma de
rastreamento em apenas uma das mamas.
Paralelamente a isso, tanto a experiência
do consultório quanto os inúmeros estudos e acompanhamentos realizados pelos
principais mastologistas do Brasil e do exterior comprovam que a idade ideal
para o início do trabalho preventivo, via mamografia, é 40 anos.
Vários são os fatores que
contribuem para essa conclusão, um deles o próprio estilo de vida estressante
atual, alimentação, entre outros, que contribuem para a manifestação da doença
cada vez mais cedo.
Um estudo da Universidade
Federal de Goiás constatou que 22% dos casos de câncer de mama no Brasil ocorrem
com mulheres entre 40 e 49 anos.
Vale ressaltar que a realidade de outros
países, cujo alguns estudos são citados para embasar argumentos de alguns
especialistas, difere do Brasil, como, por exemplo, o sistema de saúde pública
que aqui, em terra de dimensão continental, acaba sendo prejudicado.
Mesmo que o Brasil ainda não
tenha conseguido diminuir a taxa de mortalidade por câncer de mama, é possível
verificar uma estabilização e discreta redução nas mortes no Sudeste e no Sul
do Brasil, onde há rastreamento mamográfico mais adequado.
Infelizmente, no
Centro-Oeste, no Nordeste e no Norte o índice ainda é alto por uma série de
fatores, como acessibilidade à mamografia, ao diagnóstico, ao tratamento etc.
Além disso, no país como um todo há ainda muita falta de informação e é dever
de todos os agentes de saúde promove-la de forma responsável e adequada à
realidade brasileira.
Por fim, é recomendável aos
médicos que continuem solicitando a mamografia de rastreamento para pacientes
acima de 40 anos e não aceitem a chamada mamografia unilateral.
Especialistas
tem a responsabilidade de educar e informar a sociedade sobre os procedimentos
mais corretos e seguros em prol da saúde preventiva.
E a mamografia é um
instrumento de extrema importância, tendo reflexo na redução de cirurgias
mutiladoras (mastectomias), diminuição de sofrimento e melhor qualidade de vida
da paciente após o câncer.
Vamos continuar na defesa de todas as formas de
prevenção ao câncer de mama, destacando a mamografia a partir dos 40. Blog Amelias
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